SEJAM TODOS MUITO BEM VINDOS!

O blog contém um pouco do muito em mim,ou seria melhor muito do pouco em mim?não sei bem ao certo,como acho que não sei bem ao certo de muita coisa que penso saber até hoje.enfim o blog foi feito com muito carinho e atenção a cada mínimo detalhe e é o resultado de anos escrevendo,desde textos da minha infância,adolescência e ate hoje.espero que gostem,sintam-se à vontade para me seguir e comentar.

Quem sou eu

Minha foto
Recife, PE, Brazil
"sou apenas um simples resumo complexo de todas as pessoas que já passaram por minha vida"

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Maquiagem borrada


A sua velocidade as e  é muito rápida
E por mais que eu tente correr fica difícil acompanhar.
Nem mesmo as minha lágrimas podem correr facilmente
Tenho que pular alto com você mas nada nunca é o bastante.
Se eu pudesse decifrar as suas lagrimas na chuva, mas eu não sei
Eu bem que me esforço pra te seguir, mas você respira
Por cima da minha respiração.
Você transpira por entre o meu suor,
Você não é a coisa mais certa pra mim,
Mas no momento é tudo que eu posso lutar.
As vezes você sangra, e se mistura com minha pele.
Eu sou mutável e seus ossos estão dentro de mim,
Eu sei que isso não me faz bem
Mas pelo menos eu já posso chorar,
Pelo menos eu tenho o que sentir em algum lugar.
A minha calor esfriou e por mais que eu tente ser normal
E fingir que nada acontecer, que você não tem poder sob mim
Eu não consigo ser como você.
Sentir por sentir,
Estar por estar.
Você me olha por olhar,
E me julga pelo prazer de julgar,
Você brinca pelo poder de ganhar.
Eu nunca fui o melhor pra você que sempre foi imperfeita.
Tenho apenas a mim agora e algumas balas na agulha.
Eu nunca fui o bastante, mas sempre fui eu mesmo.
Agora sua loucura não faz mais parte de mim,
Minha mente pode seguir novamente vazia
Sem muitas expectativas de ser a mesma
Sem muitas chances de ser para alguém o que foi pra você.
O seu toque ainda surte efeito, mas por pouco tempo,
Você é hoje o que sempre desejei, mas não é o que preciso.
Finalmente eu desisti, ainda não é o fim pra mim,
A ponte já acabou, já não há mais passos a dar,
Já não há mais maquiagem para borrar.
Eu me desfaço do seu cheiro, me liberto de suas correntes
E sigo mais uma vez o meu rumo sozinho.
Já me acostumei com as despedidas, e permaneço
No fim de um caminho e no começo de outro.

Silêncio e estrondo


Já lutei em muitas batalhas,
Já me vi morto e sem esperança,
Já fui rocha, mas também fui onda.
Já tive armas em minhas mãos
Que muita destruição causaram,
Mas não mais do que algumas palavras mal ditas.
Já fui silencio e já fui estrondo,
Já perdi de tudo um pouco,
Já me levaram um pouco de muito,
Que hoje não me faz tanta falta assim.
Já mantive minha mente adormecida,
E hoje olho para traz e apenas vejo sorriso.
As lagrimas me molharam com o motivo
De esquecer ou lembrar de algo.
Já me perdi inúmeras vezes por vastos lugares
Mas nunca me confundi com o certo e errado.
Já dormi em berços estranhos
Já fui devorado por feras e bestas
Que se deliciaram com o meu sabor
E depois me jogaram fora.
Já senti fome de sono,
Já perdi o sono de fome
E hoje o que mais me consome
É o excesso de tanta futilidade.
Já desvendei mistérios,
Já conquistei impérios
E destruí meu reinado.

Suor sob a ferrugem

Minhas mão são como tinta que mancha tudo que eu toco,
Minhas palavras são como um buraco negro que devora tudo que se aproxima de mim.
Eu faço o que não deveria fazer e me transformo em quem eu não deveria ser.
Eu procuro em mim a parte que perdi e não encontro em meu passado,
Eu procuro em mim o capitulo que ainda não li.
Eu sou os livros que leio, os filmes que vejo,
A comida que como, a água que bebo,
As roupas que visto, os cigarros que fumo,
Eu sou a minha embriaguez, a minha razão,
A minha falta de emoção, sou eu a minha maior decepção,
Sou eu mesmo o meu excesso de ilusão,
Sou eu a falta de compreensão,
O limite da minha exaustão
E a força da minha decisão.
Sou eu mesmo o câncer que me engole,
A ferrugem que me coroe,
Sou eu o calor que me transborda,
O suor que exalo,
Da madeira que queima eu sou o estalo,
Eu sou o ralo que suga toda a podridão,
Sou eu a parte descartável do que se joga fora.
Das melhores coisas eu sou o que não se aproveita,
Eu sou a rejeição do que todos rejeitam.

Moscas nas feridas

Algumas coisas não deveriam acontecer,
As vezes é como se Deus enviasse moscas as feridas que deveria curar.
Eu leio e releio todas as cartas,
Quanto papel jogado fora,
Quantas palavras desperdiçadas,
Quantas juras eternas que chegaram ao fim,
Quantas fotos foram excluídas,
Quantas lembranças foram esquecidas,
Quantos momentos felizes foram vividos,
Queimados ao vento e deixados para trás.
Quantas lágrimas foram expulsas de nossos corpos,
Quantos lenços encharcados nos maltrataram ate o fim,
Que custo a aceitar e que parece não chegar para mim.

hoje


Hoje é um dia como outro qualquer,
as pessoas continuam as mesmas,
não há nada de novo sob o céu
e nós ainda estamos aqui, ou pelo menos restamos.
A única certeza que nós temos é de que estamos vivos
E de que vamos morrer um dia talvez e enfim.
Hoje não vivemos o nosso passado,
Agora não vivemos o nosso presente.
Hoje somos o futuro dos que sob nossos pés estão
E plantamos o futuro dos que sob nós estarão.
Hoje vamos fazer o que ninguém jamais fez,
Iremos atrás do que todo homem já foi.  
Iremos sentir o que nenhum homem jamais sentiu:
A liberdade.
A cada gota de suor e sangue,
nos aproximaremos cada vez mais da imortalidade.
Hoje iremos aceitar o nosso destino,
E iremos arrancar forças do céu para encarar nossa morte.
Certos estaremos de que com ela virá a nossa libertação,
E, ao parar de nossos corações encontraremos refletidos
Nos olhos de nossos inimigos o seu perdão.
Esse mundo não nos pertence, essa guerra não é nossa,
Essa é a guerra nos nossos avós, dos nossos pais,
Filhos e netos, nós apenas tomamos o lugar deles.
Hoje mesmo tendo os nossos corpos dilacerados e
As nossas mentes inundadas,
Seremos mais do que simples mortais.
Hoje seremos eternos e jamais esquecidos.
Hoje deixaremos de ser o “nunca” e seremos o “sempre”.

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Lugar onde os anos não existem


Meus olhos se abriram pela primeira vez e percebi que você tinha ido embora, junto com toda a imperfeição do meu mundo, a ausência de todos os sentimentos ruins me fizeram acordar sozinho no paraíso. As portas que eu bato hoje, me levam aos mais belos lugares que sem você parecem apenas uma nova paisagem. Posso correr pelos jardins mais coloridos da pureza e da eternidade longe de toda a loucura que sempre tentamos fugir, mas os jardins parecem sem cor, pois não tenho você. Agora posso sentir o cheiro das rosas mais raras que jamais vi, mas com o seu cheiro impregnado em meu corpo não há como sentir outra coisa. Hoje posso provar o sabor de todas as frutas,mas em minha boca só o sabor da sua permanece. Hoje sigo por caminhos de pedras brilhantes que sempre me levam a algum lugar mas não tenho suas mãos para me conduzir e me acompanhar. As janelas se abrem para mim em um lugar onde o tempo não passa e os anos, as horas, os dias não passam. Dou passos maiores do que posso e é como se eu não tivesse saído do lugar. Por inúmeras vezes eu tentei fechar os meus olhos e te enxergar em minha frente, mas nem mesmo as lembranças posso ter completamente, parecem vagos os mais belos momentos que vivi com você em minha outra vida. Alguns me dizem que eu tenho que aceitar e agradecer por onde estou hoje, mas é como se todo o entendimento me desse as costas. Não posso te ver daqui como todos disseram, não posso te guardar ai em baixo como um anjo, não posso voltar para terminar o sonho, não posso voltar para concretizar os nossos planos e dar nomes aos filhos que não tivemos. Apesar do lugar que estou hoje, sinto falta dos lugares de antes, antes tão vazios e sem vida, nós os  tornamos nossos. Será que ainda estão de pé as árvores cravadas com os nossos nomes? Quando será que vou voltar a te ver de novo nesse lugar onde a velhice não chega? As luzes me ofuscam, a paz é eterna, mas tenho que aceitar a sua ausência e esperar você vir ao meu encontro. As minhas vontades adormecem e não posso ir contra a vontade de Deus nem renegar o destino que ele me concedeu, mas agora que estou com ele só posso agradecer pelos pequenos momentos que passei e pude eternizar ao seu lado. Você já pode dar continuidade aos nosso planos em outros braços protetores e que eles possam ser bem mais do que eu fui e te dar bem mais do que eu te dei, que você o ame tanto quanto a mim e que ele te faça feliz até o fim, porque isso eu não pude fazer. A única certeza que tenho é que vou te encontrar novamente mas enquanto você não vem eu só posso apenas esperar, por dez ou cem anos num lugar onde os anos não existem. 

Chega uma hora que você cansa


Chega uma hora que você cansa, desilude,
 desiste, fica encharcado, e exausto de tudo.
Chega uma hora que tudo se cansa de você
ser sempre o mesmo e sozinho nos mesmo lugares.
Chega uma hora que a solidão já não satisfaz mais
e se cansa de te fazer companhia,
Chega uma hora que a sua companhia já não é o bastante
E você já não é uma boa companhia pra ninguém.
Chega uma hora que você não sabe explicar
E simplesmente cansa, da presença do nada e da ausência de tudo.
Chega uma hora que apesar das diferentes perguntas
Você se cansa das mesmas respostas.
Chega uma hora que você se cansa da paisagem,
Das coisas de sempre, igualmente diferentes.
Chega uma hora que você amadurece tanto
Que se sente podre por dentro.
Chega uma hora que você se cansa das catástrofes da sua vida
Que nenhuma tragédia tem mais impacto sob você.
Chega uma hora que você cansa e mais nada tem graça,
E você perde a sua graça,
E nenhuma desgraça mais te choca.
Chega uma hora que você se cansa e sentir-se livre para voar
Só importa quando se tem para onde ir.
Chega uma hora que você se cansa de falar sozinho,
Dos assuntos acabarem e ninguém te responder.
Chega uma hora que você se cansa de apenas um prato na mesa,
De várias refeições sozinho.
Chega uma hora que os dois lados do guarda poupa é muito.
Chega uma hora que você se cansa e perde o espaço.
Chega uma hora que sobra muito espaço na cama.
Chega uma hora que você se cansa de dormir sozinho,
De acordar sozinho e de muitas vezes o sono não vir.
Chega uma hora que você cansa e nenhuma oração parece ser atendida.
Chega uma hora que você se cansa da mesma porta de entrada
E da mesma falta de saída.
Chega uma hora que você cansa de comida congelada,
Dos programas de TV repetitivos,
Da chuva batendo na janela,do lanche da tarde.
Chega uma hora que você cansa de caminhar só,
Que um passo a mais ou a menos não faz diferença.
Chega uma hora que o relógio para, a hora não passa,
Segundos se perdem por minutos, minutos se perdem por horas,
Horas se perdem por dias, dias por semanas, semanas por meses
E os anos se perdem por completo.

e chega uma hora que já se tem 20 anos,
e chega uma hora que já se tem 30 anos,
e chega uma hora que se chega aos 40,50,60 anos
e quando se percebe já é tarde demais.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Todos nós

Todos nós morremos varias vezes no tempo.
Todos nós traçamos o mesmo caminho,
Todos nós partimos e chegamos ao mesmo fim.
Todos nós cometemos e refazemos os mesmos erros,
Todos nos escrevemos e apagamos as mesmas palavras.
Todos nós percorremos e voltamos várias vezes,
Num mesmo espaço antes percorrido.
Todos nós somos e seremos várias vezes a mesma
Pessoa atuando de formas diferentes.
Todos nós ganhamos e perdemos o que não nos foi dado
E pertencemos a momentos que jamais nos pertenceram.
Todos nós partimos e deixamos o que não ficou para traz,
Todos nós fazemos parte da mesma história que se vai.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Quem é voce?


Quem é você quando as luzes se apagam?
Quando as cortinas se fecham?
Quem é você quando todos se vão?
Quando o espelho te afronta?
Quando a ausência te excede?
Quem é você quando os olhos não vêem?
Quando ninguém pode te ouvir?
Quem é você quando ninguém pode te criticar ou te elogiar?
Quem é você quando sua presença não pode ser sentida?
Quando sua ausência não é notada?
Quem é você com a pele nua?
Com a verdade crua?
Quem é você quando os olhares ficam cegos?
Quando sua loucura se torna normal?
Quando o impossível se torna real?
Quem é o “você” que ninguém conhece?
Quem é você quando sua personalidade ganha força?
Quando o seu mundo é o único e seus personagens ganham vida?
Quem é você quando pode falar o que quer e ninguém pode te ouvir?
Quem é você quando nada te impede de ser você mesmo?

Eu ainda acredito nas pessoas

Um dia me perguntaram qual o meu maior defeito, e é claro, eu não soube responder. Talvez pelo excesso deles ou simplesmente pela dificuldade de julgar a nós mesmos, de buscar em nós o verdadeiro resultado e motivo para a maioria de todos os problemas, causas e efeitos colaterais que o mundo nos submete. Eu guardo em mim tudo que não deveria guardar, guardo o que deveria expor, eu silencio quando deveria gritar e quando eu paro para pensar só um defeito me vem em mente, o que já me levou a perder muito, sofrer muito e crescer pouco. O meu maior defeito é que eu ainda acredito nas pessoas. Eu ainda cedo a desculpas, eu ainda me comovo com histórias tristes e falcas lágrimas nos olhos. Eu ainda acredito nas pessoas e olhando nos olhos eu não consigo ver a mentira estampada. Por muito tempo isso me fez mal, por muito tempo muito me levaram e até parte do meu tempo me dominaram. Por muito tempo eu acreditei em pessoas que me enganando me ensinaram a enganar , com traições me ensinaram a trair, mentindo me ensinaram a mentir, pessoas que tornaram minhas verdades em mentiras. Eu ainda acredito em pessoas que não fizeram mal nenhum a mim, mas sim, a si mesmas.  

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

E se a ajuda não vier?


E se a ajuda não vier?
E se de repente você se deparar com você mesmo aos sessenta anos sozinho?
E se o medo do que se viveu e deixou de viver for mais forte do que o medo da morte?
E se ao olhar para traz apenas pequenas lembranças lúcidas te tornarem o que és hoje?
E se o medo de desistir for maior do que a ânsia de continuar?
E se a compaixão pelo próximo se tornar apenas o desejo de estar acompanhado?
E se o medo de permanecer intacto for maior do que a vontade de se arriscar
Por novos mundos desconhecidos em si mesmo?
E se o medo do ontem seja mais mortífero e incerto do que o amanhã?
E se apenas restar o medo do que já se possui, do que já se conquistou,
Do que já foi perdido e acima de tudo não volta mais?
E se o medo das marcar e cicatrizes te privarem de sentir a dor que o mundo
E todas as pessoas que vivem nele te proporcionam?
E se o medo do escuro permanecer?
E se a ajuda não vier e você perceber que já não há a quem recorrer?
E se a ajuda só trazer consigo o medo aumentando o transtorno e levando o sossego?
E se apenas restar o medo do erro?
O medo do incerto e do desconhecido?
E se de repente o medo de cruzar a linha seja maior do que a coragem de tentar?
E se apenas o medo de se ver velho, amargo e arrependido for tudo que restar?
E se o medo de se completar te limitar e te impedir de sorrir?
E se o medo de lágrimas doces trazerem o sal em sua boca for maior do que teu choro?
E se o passado apenas te ferir?
E se o medo do passado abrir velhas feridas for mais forte do que relembrar momentos vividos?
E se o medo de abrir uma nova porta seja apenas mais uma chance perdida?
E se você se encontrar perdido onde sempre esteve?
E se o maior medo de agora for o mesmo de antes?
E se o medo de tudo te mostrar que o nada é tudo que resta?
E se a ajuda não vier e seus gritos se calarem para o medo que grita em você?
E se o ar puro que bate em sua pele se tornar um risco?
E se a ajuda for apenas um início para o fim que o medo jamais permite chegar?
E se o medo regar seus pesadelos e impedir a ajuda de te alcançar?
E se o medo consiga percorrer a todos os meios que você poderia recorrer?
E se o medo não te permitir contar com a ajuda que antes era tão certa?
E se o medo do incerto for mais certo do que as suas duvidas?
E se o medo de suas certezas se confundir com o prazer de viver e experimentar?
E se a ajuda não chegar e o medo te possuir por inteiro,
Caminhando de mãos dadas com você rumo a seu próprio fim?
E se o medo da ajuda não te permitir conservar a esperança que ainda resta em ti?

Coração negro


Talvez você esteja onde sempre planejou mas nunca quis,
talvez você esteja fazendo as coisas erradas que sempre desejou,
talvez você nunca tenha essa chance,
talvez o tempo que você podia controlar tudo e voltar atrás não exista mais.
Talvez a realidade chegou depressa demais pra você,
talvez você conseguiu perder todos os sentidos que sonhou,
talvez seu coração tenha se tornado negro e você nem percebeu.
Talvez você se mate várias vezes para viver novamente,
talvez você recomece do fim e faça novas as coisas que não existem mais,
talvez o poder de dominar os momentos tenha te abandonado,
talvez o dom de viver não te pertença mais,
talvez o fim jamais chegue pra você e o inicio jamais existiu.
Talvez o cansaço te dê forças para continuar.
Talvez ao término de uma longa caminhada nem um passo sequer foi dado,
Talvez toda a loucura faça realmente sentido.
Talvez você se encontre naquilo que sempre achou uma mentira.
 Talvez a vida ainda não tenha começado para você
E talvez você seja mesmo bem mais do que podia imaginar e ser.